“A EBD faz parte do meu aprendizado cristão. Aprendemos muito mais com as crianças do que se imagina. Desde que começei a participar dessa equipe, consegui entender o que é ter um relacionamento direto com Deus. O buscar e o esperar em Deus começou a fazer sentido quando, junto com as crianças, aprendi a orar, buscar e aprender sobre a palavra de Deus.

No começo da minha conversão, tinha muita dificuldade de orar, de falar com Deus. E quando fui convidada a fazer parte da EBD, o medo realmente tomou conta. Eu vim de um ensinamento diferente. Falar diretamente com Deus era algo muito distante. E foi justamente com as crianças, que eu aprendi a fazer as minhas orações, a conversar com Deus como um amigo, que ele estava próximo a mim.

A cada domingo, fico ansiosa para encontrar as crianças, saber como estão. A luta espiritual é muito grande e , quando termina o nosso horário, me sinto tão cansada como se estivesse participado de uma batalha literalmente. Mas saber que uma pequena semente foi plantada no coração delas e que um dia poderá dar muitos frutos, faz com que essa batalha valha a pena ser lutada.

Posso até não ver os frutos desse trabalho, mas é gratificante estar com cada uma. Quando aprendermos a ter um coração como o das crianças, saberemos o que é ter sinceridade em nossas orações, simplicidade em nossos atos e o valor de um verdadeiro encontro com o maior e melhor amigo que é Jesus. Amo o ministério infantil.”
Por Rita Maria Bezerra

“Há uns 15 anos atrás fui convidada a participar da escola bíblica dominical mas recusei todas as vezes porque tinha medo de assumir o compromisso de estar presente em todos os domingos. Mas um dia Deus falou ao meu coração e entendi que deveria atender a Sua voz, foi então que comecei a participar como auxiliar da professora Rita. Resolvi estudar e me preparar para ser professora.

No primeiro ano foi bem difícil, as crianças me enfrentavam e eu não sabia como reagir mas me coloquei na presença do Senhor e comecei a orar pedindo sabedoria para lidar com aquela situação. A cada ano que passava Deus colocava mais amor no meu coração pelas crianças, todos os dias pensava nelas. Ficava ansiosa esperando o próximo domingo para estar pertinho delas. Achava que não daria certo porque nem eu mesma sabia que poderia amar tanto as crianças assim. Enfrentei alguns desafios e tive muitas experiências com elas.

Um fato que me marcou muito, foi um aluno da comunidade de 10 anos, que me respondeu que gostaria de ser bandido quando perguntei à ele o que gostaria de ser quando crescer. Fiquei tão chocada com a resposta que comecei a orar por aquele menino desde aquele dia e durante todo o ano fui conversando, dando atenção, ouvindo seus problemas e pedindo a direção de Deus para tratar naquela situação; no fim do ano fiz de novo a mesma pergunta e desta vez a resposta foi maravilhosa: “Tia quero ser pastor!” Meu coração se encheu de alegria. Não me contive e chorei com ele abraçando-o bem forte.

Naquele dia pude ver como vale a pena acreditar que as crianças podem mudar. Esse menino cresceu e permaneceu na igreja, essa foi a minha recompensa. Quando vemos os frutos na vida deles, é inexplicável. As crianças estão sendo atacadas o tempo todo, há uma grande desconstrução de valores com a palavra de Deus, precisamos nos apressar para alcançar todas as crianças que precisam de uma transformação em suas vidas. Através de uma criança, a família inteira pode ser alcançada.”
Por Veridiana Messias